sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Triagem – Método START

De acordo com José Roberto Goldim 2001, triagem pode ser descrita como situação onde os profissionais de saúde têm que escolher qual o paciente que irá ser atendido em primeiro lugar, especialmente em serviços de emergência nos hospitais. Ou seja, triagem seria um termo usado classificar vítimas a fim de estabelecer prioridade de atendimento.
Durante a triagem o profissional deve atentar para os seguintes pontos:
•Procedimento basea-se no restabelecimento dos SV e como proceder o tratamento;
•Identifica vítima de acordo com o risco de morte;
•Inicia-se no atendimento pré-hospitalar e no processo de “evacuação”;
•Organiza a entrada da vítima na emergência e para onde este deve ser encaminhado.

Método

O método de triagem deve ser realizado de forma rápida e objetiva, atentando para o estado geral da vítima e seu prognóstico.
Sendo assim sua finalidade seria: avaliar a gravidade do quadro da vítima e sua expectativa de vida.

Triagem e seus contextos:

1.Possui recursos suficientes para atendimento:
Nesta situação a vítima grave deve ser atendida como prioridade, pois esta está apresentando maior risco de vida.

2.N° de vítimas excessivo aos recursos: IMV (Incidente com Múltiplas Vítimas)
Neste caso a triagem objetiva assegurar a sobrevida do maior número de vítimas possíveis, onde a prioridade passa a ser das vítimas com maior chance de sobrevida.

START
Simple and rapid treatment


O método START de triagem objetiva a organizar o atendimento com intuito de salvar o maior número de vítimas possíveis, organizando assim o atendimento e a remoção das vítimas.
Atenta-se para o seguinte ponto, os socorristas que estiverem realizando a triagem não devem se envolver no atendimento a vítimas até sua tarefa ter sido completada.

Manobras utilizadas para Classificação de vítimas

Pode-se realizar abertura de vias aérias, se o paciente “voltar” a respirar, este deve receber atendimento imediato (VERMELHO). Caso não volte espontaneamente a respirar e dado como vítima morta (PRETO).
Outro procedimento que pode ser realizado é o de estancar hemorragias.
Não se realiza reanimação durante a triagem.

Para classificação estabelece a seguinte regra:

30 (Movimentos respiratórios) – 2 (segundos d enchimento capilar) – pode fazer (obedece ordens).

Classificação das vítimas:

•Vermelha / Imediata:
Lesões graves e severas;
Risco sobrevida depende de cuidados imediatos;
Ex: vítima com obstrução de vias aérias + hemorragia.

•Amarela / Pode aguardar:
Vítima com lesão grave;
Sem risco iminente;
Sobrevida independe de cuidados imediatos.
Ex: Vítima com fratura de osso longo.

•Verde / Leve:
Vítima com lesões leves;
Deambulando;
Podem ajudar no socorro;
Pode ser atendido no local ou encaminhado a emergência.
Ex: Escoriações em membros.
↓ 30 / ↓2 / Obedece e deambula

•Preta / Expectante:
Vítima muito grave ou morta;
Prognóstico sombrio;
Não responsiva e sem pulso;
Ex: Queimaduras de 3º grau em 90 % do corpo.
PCR – Não reanima

Situação problema:

No meio de uma catástrofe temos as seguintes vítimas a serem socorridas, estabeleça a ordem de prioridade e justifique:

a)Vítima com TCE grave X Vítima com hemorragia intra-abdominal

Quem socorrer ?????

Resp: Socorre-se a vítima com hemorragia abdominal, pois esta tem mais chances de sobrevida, e caso a vítima de TCE grave venha a falecer, a outra enquanto espera socorro morre devido à hemorragia.

b)Vítima em PCR X Vítima em hipóxia + fratura de fêmur

Quem socorrer ?????

Resp: Se salva a segunda vítima pois sua chance de sobrevida é maior, e ainda por estar em PCR a Segunda vítima é classificada como preto.

Com isso tem – se o seguinte quadro: Incidentes com múltipla vítimas com lesões catastróficas onde sua chance de sobrevida seja pequena possuem menor prioridade de resgate. Sendo assim, a prioridade está voltada para as vítimas com um prognóstico de vida melhor, ou seja, positivo.

Encerro com a seguinte citação:

“O objetivo do atendimento de emergência não é o engrandecimento institucional ou pessoal, e sim a vida de quem tenha sofrido acidente.” (Manual do socorrista, 2008, pg. 67)

Referências:

BORTOLOTTI, Fábio. Manual do Socorrista. 1ª ed. POA. Edt. Expansão

NAEMT. PHTLS - Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. Editora: ELSEVIER. 6ª Edição - 2007 - 598 páginas

Acd. Enf. Lúcio de Quadros Galvão
Julho 2009-07-16

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