sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Avaliação Secundária de Vítimas

Processo ordenado e Sistematizado com a finalidade de identificar lesões e agravos, os quais em pouco tempo podem ocasionar a complicação do quadro do paciente ou até a sua morte.
Esta avaliação consiste num exame físico e entrevista, sendo realizado de forma rápida no sentido céfalo-caudal a fim de identificar sinais que possam contribuir para o seu atendimento. Todo este exame deve ser realizado após vítima receber o primeiro atendimento, ABCDE, onde conforme o caso deve-se manter as manobras de reanimação e monitorizarão.
Histórico do paciente
Para uma melhor avaliação do histórico deve-se atentar para o AMPLA.

A Alergias
M Medicamentos de uso habitual
P Passado médico, doenças e cirurgias
L Líquidos ingeridos
A Ambiente e última alimentação


Caso a vítima esteja consciente procurar realizar entrevista atentando para o seu nível de consciência e comportamento. Caso a vítima esteja inconsciente procurar acompanhante como referência se for possível, caso não seja suspeitar de todos itens acima.

Exame Físico

Céfalo-caudal

Atentar para sinais, tudo que é observado como: sangramentos, edemas, hematomas, escoriações, perda de tecidos, lesões aparentes, cortes entre outros. Deve-se ainda atentar para sintomas relatados pela vítima quando esta mantém consciência. Necessita-se dar grande importância a alteração de comportamento ou consciência.
Outro fator de significativa importância é a monitorizarão contínua do paciente, pois paciente “estável” pode evoluir rapidamente para um óbito. Observa-se ainda sinais de alteração da pigmentação da pele como cianose e palidez, além de procurar por anormalidades como afundamento da calota craniana. Falta de resposta motora pode significar comprometimento ou lesão da medula.

Cabeça

Procurar por cortes, contusões, sinais de lesões (Olhos de Guaxinim ou sinal de battler – que indicam sinal de lesões de base de crânio), deformidades ósseas. Pupilas (Midríase e Miose). Otorragias ou Epistaxe, além de perda de líquor pelo ouvido ou nariz.
Atentar para obstruções ou lesões na boca que possam causar dificuldade respiratória.

Cervical

Verificar:
•Pontos dolorosos;
•Anormalidades – visíveis ou palpáveis;
Como verificar? Utiliza-se a Apalpação
•1 Socorrista: Uma mão mantendo estabilizado pcte, com os dedos da outra mão procurar apalpar;
•2 Socorristas: Um mantém estabilizado o pcte e o outro faz o exame.

Tórax

Devem-se procurar lesões, cortes e ferimentos penetrantes, onde para uma melhor observação procura-se despir o paciente, no entanto tenta-se preservar sua exibição, podes realizar este procedimento já no decorrer da remoção da vítima dentro da ambulância ou em nível hospitalar se for o caso.
Atentar para lesões, hematomas, alterações dos movimentos respiratórios, sensibilidade a apalpação. Procura-se não remover objetos penetrantes e ainda deve-se examinar dorso da vítima.

Pélvis e Membros

Procura-se por deformidades e sensibilidade a dor.
Nos Genitais atentar para:
•Sangramentos;
•Homens – Priapismo (lesão de base de crânio);
Nos Membros atentar para:
•Alinhamento e Deformidades;
•Sensibilidade;
•Coloração;
•MMSS: exame realiza-se no sentido Clavícula- Braço.
•MMII: exame realiza-se no sentido Cintura Ilíaca – Pé.

Resumo básico das ações

•Inspeção do corpo;
•Observar dor e ansiedade;
•Alteração da cor da pele, temperatura e umidade;
•Observar odores, como o hálito;
•Observar lesões.
•Manter manobras de reanimação –ABCDE

Referências:

•BORTOLOTTI, Fábio. Manual do Socorrista. 1ª ed. POA. Edt. Expansão

Acd. Enf. Lúcio Galvão

Triagem – Método START



Acd. Enf. Lúcio de Quadros Galvão
Julho 2009-07-16

Triagem – Método START

De acordo com José Roberto Goldim 2001, triagem pode ser descrita como situação onde os profissionais de saúde têm que escolher qual o paciente que irá ser atendido em primeiro lugar, especialmente em serviços de emergência nos hospitais. Ou seja, triagem seria um termo usado classificar vítimas a fim de estabelecer prioridade de atendimento.
Durante a triagem o profissional deve atentar para os seguintes pontos:
•Procedimento basea-se no restabelecimento dos SV e como proceder o tratamento;
•Identifica vítima de acordo com o risco de morte;
•Inicia-se no atendimento pré-hospitalar e no processo de “evacuação”;
•Organiza a entrada da vítima na emergência e para onde este deve ser encaminhado.

Método

O método de triagem deve ser realizado de forma rápida e objetiva, atentando para o estado geral da vítima e seu prognóstico.
Sendo assim sua finalidade seria: avaliar a gravidade do quadro da vítima e sua expectativa de vida.

Triagem e seus contextos:

1.Possui recursos suficientes para atendimento:
Nesta situação a vítima grave deve ser atendida como prioridade, pois esta está apresentando maior risco de vida.

2.N° de vítimas excessivo aos recursos: IMV (Incidente com Múltiplas Vítimas)
Neste caso a triagem objetiva assegurar a sobrevida do maior número de vítimas possíveis, onde a prioridade passa a ser das vítimas com maior chance de sobrevida.

START
Simple and rapid treatment


O método START de triagem objetiva a organizar o atendimento com intuito de salvar o maior número de vítimas possíveis, organizando assim o atendimento e a remoção das vítimas.
Atenta-se para o seguinte ponto, os socorristas que estiverem realizando a triagem não devem se envolver no atendimento a vítimas até sua tarefa ter sido completada.

Manobras utilizadas para Classificação de vítimas

Pode-se realizar abertura de vias aérias, se o paciente “voltar” a respirar, este deve receber atendimento imediato (VERMELHO). Caso não volte espontaneamente a respirar e dado como vítima morta (PRETO).
Outro procedimento que pode ser realizado é o de estancar hemorragias.
Não se realiza reanimação durante a triagem.

Para classificação estabelece a seguinte regra:

30 (Movimentos respiratórios) – 2 (segundos d enchimento capilar) – pode fazer (obedece ordens).

Classificação das vítimas:

•Vermelha / Imediata:
Lesões graves e severas;
Risco sobrevida depende de cuidados imediatos;
Ex: vítima com obstrução de vias aérias + hemorragia.

•Amarela / Pode aguardar:
Vítima com lesão grave;
Sem risco iminente;
Sobrevida independe de cuidados imediatos.
Ex: Vítima com fratura de osso longo.

•Verde / Leve:
Vítima com lesões leves;
Deambulando;
Podem ajudar no socorro;
Pode ser atendido no local ou encaminhado a emergência.
Ex: Escoriações em membros.
↓ 30 / ↓2 / Obedece e deambula

•Preta / Expectante:
Vítima muito grave ou morta;
Prognóstico sombrio;
Não responsiva e sem pulso;
Ex: Queimaduras de 3º grau em 90 % do corpo.
PCR – Não reanima

Situação problema:

No meio de uma catástrofe temos as seguintes vítimas a serem socorridas, estabeleça a ordem de prioridade e justifique:

a)Vítima com TCE grave X Vítima com hemorragia intra-abdominal

Quem socorrer ?????

Resp: Socorre-se a vítima com hemorragia abdominal, pois esta tem mais chances de sobrevida, e caso a vítima de TCE grave venha a falecer, a outra enquanto espera socorro morre devido à hemorragia.

b)Vítima em PCR X Vítima em hipóxia + fratura de fêmur

Quem socorrer ?????

Resp: Se salva a segunda vítima pois sua chance de sobrevida é maior, e ainda por estar em PCR a Segunda vítima é classificada como preto.

Com isso tem – se o seguinte quadro: Incidentes com múltipla vítimas com lesões catastróficas onde sua chance de sobrevida seja pequena possuem menor prioridade de resgate. Sendo assim, a prioridade está voltada para as vítimas com um prognóstico de vida melhor, ou seja, positivo.

Encerro com a seguinte citação:

“O objetivo do atendimento de emergência não é o engrandecimento institucional ou pessoal, e sim a vida de quem tenha sofrido acidente.” (Manual do socorrista, 2008, pg. 67)

Referências:

BORTOLOTTI, Fábio. Manual do Socorrista. 1ª ed. POA. Edt. Expansão

NAEMT. PHTLS - Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. Editora: ELSEVIER. 6ª Edição - 2007 - 598 páginas

Acd. Enf. Lúcio de Quadros Galvão
Julho 2009-07-16

LIGA DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR - CIC 2009

Introdução: A formação de ligas acadêmicas, como uma iniciativa estudantil, tem por finalidade a atualização e a promoção de novos conhecimentos científicos, agregando valor à formação acadêmica, assim como, incentivando o trabalho em equipe, e a prática da pesquisa e extensão por discentes e docentes. (VERONESE e MORONA, 2004). A Liga de Atendimento Pré-Hospitalar é um projeto de extensão filiado ao Departamento de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia de uma universidade do sul do Brasil. Este projeto visa mobilizar e capacitar acadêmicos de enfermagem e outros cursos em prol da promoção da saúde, na prevenção de acidentes, no atendimento pré-hospitalar, tentando evitar traumas secundários, além de orientar a sociedade em geral na prevenção de acidentes e atuação pré-hospitalar a ví¬timas de trauma.
Objetivos: Proporcionar aos acadêmicos pertencentes a Liga uma formação teórico - prática ampla de como prevenir e proceder diante do trauma no atendimento pré-hospitalar, disponibilizar o conhecimento dos seus membros em outras instituições e na sociedade em geral por meio de palestras, oficinas, seminários, eventos, entre outros, conhecimento de prevenção de acidentes e atendimento pré-hospitalar.
Metodologia: A Liga em Atendimento Pré-Hospitalar propõe que a atuação dos membros seja feita em três áreas: a área de formação teórica com discussões em grupo, área de produção científica buscando a produção de publicações referentes à temática e área de formação prática e atendimento ao traumatizado que envolve simulações e vivências. Os membros atuais pertencentes à Liga formam um grupo de 23 alunos do curso de Enfermagem, em que, para uma melhor organização das atividades da Liga os membros devem seguir um regimento interno. Resultados esperados: Este projeto proporcionará aos acadêmicos de enfermagem de todos os semestres, uma capacitação teórico e prática para que estes estejam aptos a realizarem palestras, orientações e capacitações junto a comunidade. Além disso, preparar os acadêmicos para atuarem frente ao atendimento pré-hospitalar com a proposta de evitar agravos.
Conclusão: Os acadêmicos de enfermagem participantes da Liga de Atendimento Pré - Hospitalar estão conseguindo atualizar-se e aproximar-se da realidade consolidando a teoria e a prática, através do desenvolvimento de vivências no decorrer do projeto.
GALVÃO, Lúcio de Quadros; HAEFFNER, Rafael; SEDREZ, Elisa; LINCK, Caroline de Leon; LANGE, Celmira